segunda-feira, 1 de setembro de 2014

De Dr. House à Ramona Flowers

Todo mundo conhece algum babaca que gosta de fingir ser personagem de filme. É o que eu chamo de síndrome de WannaBe (do latim: Faltum do que fazerus), onde o doente insiste em copiar o comportamento de tal personalidade que admira.
Os protagonistas geralmente mais escolhidos são: Amèlie Poulain, Ramona Flowers e Tyler Durden.

Sabe a Ramona Flowers? Você não vai ser igual a ela

Xora

Ontem, ao assistir o famoso diálogo no Jack Rabbit Slim's de Pulp Fiction, notei a polaridade existente entre os dois personagens:

Vincent, de um lado, é uma figura normal e comum da nossa realidade. Todos nós conhecemos um (ou um pouco de um)  babaca Vincent.

E de outro, temos a encantadora e adorável Mia Wallace, dona de uma persona muito usual – Não na vida real, mas no mundo do cinema.

Existem diversas Mias soltas em filmes por aí. Isso, obviamente, não significa que todos esses personagens sejam iguais – Cada um é fruto de um diretor diferente e é dono de um universo somente seu. Entretanto, muitos deles apresentam algo crucial em comum: Sempre têm frases de efeito na ponta da língua, diálogos encantadoramente belos, marcantes e ricos em lições que, muitas vezes, alteram o rumo do filme.
Mas como diria o Heberth Vianna, a vida não é filme, você não entendeu!

Se a vida fosse um filme, ele seria o Professor Xavier

As pessoas da vida real são umas cuzonas, e não chegam nem perto de serem tão belas e imediatas como vemos nas telonas. Afinal de contas, quem nunca discutiu com alguém e passou horas no chuveiro pensando em como não deveria ter dito certa coisa? Quem nunca desejou ter a astúcia do Dr. House?

Personagens como Mia Wallace, Clementine Kruczynski e Summer Finn são arrebatadores – Atraem a nossa imaginação e fomentam a nossa visão lúdica (e distorcida) de realidade. E é por isso que gostamos tanto deles. Somos fracos demais para encarar a realidade do jeito que ela é, precisamos estar constantemente buscando válvulas de escape para a monotonia do cotidiano.
Inventar pessoas tão ilusórias e artificiais (sim, personagens são pessoas) é tão divertido quanto perigoso. Um exemplo claro disso é a quantidade de obcecados que temos por aí.


Isso nunca vai acontecer, fia

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